Claudio Foleto

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Barreiras - Bahia

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Mate quente






O mate, a erva. Matear solito é um ótimo meio de meditar sobre as coisas da vida. Sem pressa, matutando... e degustando a essência do chá.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Depois o Silêncio




Pense bem no que você fala. Palavras tem poderes. As novidades eram só boatos. Não idealise a solidão. Porque não existem provas, muito menos fatos. E depois de tudo vêm o silêncio e o som dos tambores ao fundo. Muito prazer, sempre chego no horário. A raridade de entender a aerodinâmica de um par de asas.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Caminho de pedras




O lugar onde as sementes germinam, com a terra fértil sigo rumo ao Gerais do Vieira. Todo dia penso no dia, o que fazer, pra onde ir. Na Chapada Diamantina, parado já é lucro. Quero fazer deste encanto meu refúgio. Seguindo a picada pro Vale do Paty, uma parada pra encher o cantil, com alguns animais um tatu, um calango e até um quati. Em dia de céu azul, corre um rio de Whisky, tento dizer, não consigo mas quero aprender a maneira de te libertar, para que um dia dai eu possa te levar.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Cuando a cabeza fode...




O bixo do coco entro en minha casa e minha cabeza puxose a abalar, entro en minha casa,levouse toda minha ilusion,levouse os cartos, levouse a mulher, deixo tormenta , nada de comer.O bixo do coco entro en minha casa mirome a os olhos, e a meiga falo:Cuando a cabeza fode, hasta ya reventar, cuando a cabeza fode...O bixo vai pegar.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Eugenia uniflora




Pitanga
Chimarruts

Beijo na boca tem gosto de Pitanga. Que coisa louca e a doçura dos seus beijos.Me satisfaz e mata meu desejo, mas sempre fica um gosto de quero mais.Ganho o oceano e a luz do luar vejo em teu corpo uma luz á me guiar.E no teu rosto um sorriso cintilante, desse som de bem distante que ajuda a harmonizar.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Eu que não fumo queria um cigarro...




A quem já foi vivo, a quem deu flores e frutos te resta o inânimado abraço de um arame. Pra ressaltar o laço, farpas metalicas que agrunham em fibras vegetais. O que vem do interior emana pureza. Só oque consigo ver aparetentemente é um oco. Onde um dia foi um galho, hoje lembranças de um apêndice vital. Quando o passo se torna de elefante, as mariposas voam em círculos. Olhar congelante. Vejo meu futuro em flashback.Sinto o ar frio e puro.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Aqui do alto é diferente




Do alto da pedra vejo a estrada. Ela me leva ao destino incerto, ao novo. Vejo a chuva chegando, a vida chega em gotículas. Esse paredão que amedronta é o mesmo que te excita, carrego minha culpa a 48m do chão. Sinto o eco, um tiro no peito e a liberdade novamente me escapa. Sem final feliz, não posso te levar comigo. Vou embora, com o chapéu do Zorro, ou a boina do seu Martim, me jogo ao léu. Nem o inferno nem o céu, apenas a incerteza do novo. Vou te levar daqui, para o alto das pedras. Para o alto, alto, alto, alto, abaixo do nível da lucidez.